Rio -  O despejo da Aldeia Maracanã não cessou a luta dos índios que recusaram a oferta do estado de moradia em Curupaiti, em Jacarepaguá. O grupo das etnias Guajajara, Ashanika, Guarani e Puri encontrou no deputado federal Glauber Braga (PSB) mais um aliado na batalha pela transformação do antigo Museu do Índio em ponto de referência dacultura indígena — e até pela reintegração de posse do imóvel. O governo quer instalar lá o Museu Olímpico.
Nesta segunda-feira, o parlamentar se reuniu com os 10 índios para decidir quais propostas levar ao Congresso. O grupo escreveu carta na qual expressa a ligação com o local e pede sua preservação. “Ele vai apresentar propostas aos deputados e levar a carta à ministra da secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário”, disse o advogado dos índios, André de Paula.
Ash Ashanika, 30, afirma que não vai aceitar morar em local sem referência da sua cultura: “A Aldeia Maracanã é a nossa terra. Querem nos tirar de onde devemos ficar”, disse ele, que lamentou a falta de apoio da Funai.
A Fundação ofereceu quatro dias em albergue até solução definitiva para o grupo. Eles não aceitaram e estão em casas de parentes e amigos.