Translate

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Povos Indígenas aqueles que devem viver - MANIFESTO CONTRA O DECRETO DE EXTERMÍNIO.



http://www.cimi.org.br/pub/cimi40anos/0-%20Livro%20-%20Cimi%2040%20anos%20-%20Final%20(1).pdf

GUARANI KAIOWÁ URGENTE: Informações urgente!


GUARANI KAIOWÁ URGENTE: Informações urgente!


Jagunço recebe arma, celular e R$600 para matar líderes Kaiowá


Na manhã desta quarta-feira, 27, lideranças indígenas da Aldeia Takuara, município de Juti, fizeram um Boletim de Ocorrência na cidade de Caarapó denunciando a contratação de um jagunço a mando do fazendeiro Jacinto Honório da Silva Filho. Segundo informações, o jagunço com nome de Moacir recebeu uma arma de fogo, um celular e a quantia de R$ 600 reais dado por Jacintinho, filho do fazendeiro Jacinto. O objetivo da contratação é assasinar as lideranças Ládio Véron, Valdelice Véron e Arlindo Véron, líderes indígenas da Aldeia Takuara. Segundo os indígenas, a FUNAI foi notificada, porém nada foi feito até o exato momento. O clima é de tensão na terra indígena.

Em 13 de janeiro de 2003, o Cacique Marco Véron foi brutalmente assasinado na terra indígena Takuara a mando do fazendeiro Jacinto Honório da Silva Filho. Na ocasião, os jagunços tentaram atear fogo no Cacique Ládio Véron, filho de Marco, porém o líder indígena conseguiu fugir. Marco Véron morreu por traumatismo craniano.

O Cacique Ládio Véron é uma das lideranças Guarani e Kaiowá que está no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos Ameaçados de Morte, porém as ameaças, emboscadas e contratações de jagunços continuam gradativamente.


Na Foto: Cacique Ládio Véron e o Marco Véron (assassinado)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Lamento Karajá



Lamento Karajá

O sol nasceu na aldeia Watau

Desceu triste e chorosamente sobre a ilha...
No grande parque do Araguaia,cercado de rios...
Rios que lacrimejam suas águas...Lágrimas no Bananal.

Seres desgarrados.

Meninos ,drogados, embriagados...
Almas exiladas.desabrigadas em suas casas.
Almas traspassadas...Feito a própria ilha , pelas estradas...

Onde se ouvia o uirapurú.
Ouve–se hoje a dor do silêncio indigente.
Sente se o cheiro assustador da morte inclemente.
A canjerana murchou, a onça aquietou, calou-se a garça azul.

Santuário de fauna e flora
Riquezas incontáveis,fascinates histórias.
Terra de povos conhecedores dos rios e seus humores
Povos,plantadores,coletores,caçadores,”achados”e isolados.

Debaixo de um céu de chumbo .
A mata inundada,oculta a dor do suicídio.
Mas não espanta as ameças Transaraguaias e genocidas.
Não amansa a dor da velha mãe.Não descansa as mãos do velho pai.

Os rios sobem mais.
Troveja do alto kinaushivé, kinauxiú.
Troveja e chora Deus.Tupana, Zamauná, Tupã katuraw...
Lamenta os seus perdidos filhos,abomina os que envenenam e geram o mal.


(Em lamento aos quatro jovens entre 14 e 17 anos, que cometeram suicídio nos dois primeiros meses do ano de 2012, além de outras seis tentativas no mesmo período e mais sete casos registrados, em 2011.Um problema
crônico que merece atenção de todo país)

(Avelin Rosana
Conselheira do Imersão Latina e uma das autoras do Nós da Poesia).

Este poema integra o livro Nós da Poesia + 20 Nosotros, lançado na Cúpula dos Povos, durante a Rio + 20.)