Lamento Karajá
O sol nasceu na aldeia Watau
Desceu triste e chorosamente sobre a ilha...
No grande parque do Araguaia,cercado de rios...
Rios que lacrimejam suas águas...Lágrimas no Bananal.
Seres desgarrados.
Meninos ,drogados, embriagados...
Almas exiladas.desabrigadas em suas casas.
Almas traspassadas...Feito a própria ilha , pelas estradas...
Onde se ouvia o uirapurú.
Ouve–se hoje a dor do silêncio indigente.
Sente se o cheiro assustador da morte inclemente.
A canjerana murchou, a onça aquietou, calou-se a garça azul.
Santuário de fauna e flora
Riquezas incontáveis,fascinates histórias.
Terra de povos conhecedores dos rios e seus humores
Povos,plantadores,coletores,caçadores,”achados”e isolados.
Debaixo de um céu de chumbo .
A mata inundada,oculta a dor do suicídio.
Mas não espanta as ameças Transaraguaias e genocidas.
Não amansa a dor da velha mãe.Não descansa as mãos do velho pai.
Os rios sobem mais.
Troveja do alto kinaushivé, kinauxiú.
Troveja e chora Deus.Tupana, Zamauná, Tupã katuraw...
Lamenta os seus perdidos filhos,abomina os que envenenam e geram o mal.
(Em lamento aos quatro jovens entre 14 e 17 anos, que cometeram suicídio nos dois primeiros meses do ano de 2012, além de outras seis tentativas no mesmo período e mais sete casos registrados, em 2011.Um problema
crônico que merece atenção de todo país)
(Avelin Rosana
Conselheira do Imersão Latina e uma das autoras do Nós da Poesia).
Este poema integra o livro Nós da Poesia + 20 Nosotros, lançado na Cúpula dos Povos, durante a Rio + 20.)
Seres desgarrados.
Meninos ,drogados, embriagados...
Almas exiladas.desabrigadas em suas casas.
Almas traspassadas...Feito a própria ilha , pelas estradas...
Onde se ouvia o uirapurú.
Ouve–se hoje a dor do silêncio indigente.
Sente se o cheiro assustador da morte inclemente.
A canjerana murchou, a onça aquietou, calou-se a garça azul.
Santuário de fauna e flora
Riquezas incontáveis,fascinates histórias.
Terra de povos conhecedores dos rios e seus humores
Povos,plantadores,coletores,caçadores,”achados”e isolados.
Debaixo de um céu de chumbo .
A mata inundada,oculta a dor do suicídio.
Mas não espanta as ameças Transaraguaias e genocidas.
Não amansa a dor da velha mãe.Não descansa as mãos do velho pai.
Os rios sobem mais.
Troveja do alto kinaushivé, kinauxiú.
Troveja e chora Deus.Tupana, Zamauná, Tupã katuraw...
Lamenta os seus perdidos filhos,abomina os que envenenam e geram o mal.
(Em lamento aos quatro jovens entre 14 e 17 anos, que cometeram suicídio nos dois primeiros meses do ano de 2012, além de outras seis tentativas no mesmo período e mais sete casos registrados, em 2011.Um problema
crônico que merece atenção de todo país)
(Avelin Rosana
Conselheira do Imersão Latina e uma das autoras do Nós da Poesia).
Este poema integra o livro Nós da Poesia + 20 Nosotros, lançado na Cúpula dos Povos, durante a Rio + 20.)
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