Acampamento Internacional de Observadores dos Guarani-Kaiowá em MS
Direto do acampamento dos Guarani Kaiowás, Yago Matos, da Comissão Executiva Nacional da ANEL e outros estudantes, relatam a realidade dos indíos Guarani kaiowás e a necessidade de fortalecermos nossa campanha de solidariedade.
Segue o informe:
O primeiro grupo do Acampamento Internacional de Observadores dos Guarani-Kaiowá em Mato Grosso do Sul chegou à Aldeia Taquara no dia 22 de janeiro à tarde. Do grupo participam estudantes, professores, militantes de movimentos sociais e sindicais e estrangeiros solidários à causa.
A convocatória para esta ação de solidariedade que partiu da aliança estabelecida entre o Comitê Internacional de Solidariedade aos Guarani-Kaiowá e a Aty Guasu (grande conselho dos povos Guarani-Kaiowá) surgiu para procurar potencializar todo o apoio que vem se manifestando por diversos setores da sociedade à luta deste povo indígena, de forma a fazer com que essa disposição se transforme em contribuição efetiva para a luta pelo direito às suas terras originárias, à garantia da reprodução de seu modo de vida e ao fim do etnocídio ao qual estão submetidos!
A presença de observadores do Brasil e do mundo nas aldeias Guarani-Kaiowá, iniciando-se pela Aldeia Taquara, município de Jutí, e local onde em 2003 foi assassinado o Cacique Marco Veron quando homens armados efetuaram disparos contra os indígenas, além de os espancarem, ameaçarem e estuprarem mulheres, com o objetivo era expulsá-los das terras por eles reivindicadas, poderá dar maior visibilidade à situação vivenciada pelos indígenas, inibir os atos de violência cometidos contra eles, potencializar as denúncias e divulgar a resistência indígena.
Importante destacar que no dia 18 de dezembro o povo Guarani-Kaiowá da aldeia Taquara protocolou uma carta no MPF demonstrando sua grande preocupação com o avanço das plantações de cana sobre seu território tradicional.
Além disso, as informações que recebemos são de que estão todos em estado de alerta por conta da presença constante de carros passando nos entornos da aldeia e tirando fotos, sendo que a Força Nacional já foi acionada! Em apenas 2 dias já foi possível constatar que a ameaça e a intimidação aos indígenas é constante, e nunca se sabe quando da intimidação se passará para a violência física!
Assim, enviaremos notas periódicas com os relatos e registros dos participantes do Acampamento!
Para mais informações: http://solidariedadeguaranikaiowa.wordpress.com/
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